A cidade de Santos no litoral de São Paulo tinha tudo para ser uma potência internacional , um renomado polo de negócios internacionais, impulsionada pelo Porto de Santos e pela sua nova riquesa, o Pré-Sal da Petrobras. Mas tudo não passou de mais uma pedalada num deserto de incertezas, falta de planejamento, mentiras políticas
Hoje a cidade vive o “pum” e não o “boom” da explosão imobiliária. A derrocada imobiliária tomou conta, junto com os altos custos e os prejuízos pela falta de visão estratégica e planejamento.
O Porto de Santos continua com os seus verdadeiros e antigos problemas. Não é inovador, tampouco competitivo, sem contar com os antigos problemas trabalhistas e de sindicatos. O “Custo Brasil” tem sua “Miss”, o Porto de Santos, além dos Tributos.
Como o Santos F.C. (um time histórico e verdadeiro), a cidade de Santos teve sua oportunidade de ser um Manchester U.F.C., uma cidade internacional como grandes capitais internacionais. Cosmopolita, inovadora, um hub de inovação que pudesse aproveitar do bom planejamento estratégico, mas caiu no projeto de umbigo, daquele que ainda mantem a alcunha de “balneário” com todas suas praias impróprias, só isso. Com todo respeito aos “balneários”, mas a cidade de Santos precisa se perceber como algumas cidades irmãs, que de alguma forma, já perceberam o quanto a competitividade internacional vale mais do que projetos de poder e jogos políticos.
A cidade teve grandes avanços, econômicos, sociais e até mesmo políticos. Caiu no tradicional jogo da nefasta política brasileira. Poderia ser uma cidade do Panamá, ou até mesmo uma Bogotá, quiçá uma Ningbo, por sinal, em todos os governos, diversos funcionários e políticos da cidade visitaram cidades modelos pelo mundo para que absorvessem ideias e práticas, mas o que deu? Como sempre, pela nefasta política brasileira, nada! Só “Custo Brasil”, é bom lembrar do carnê do IPTU que você acaba de receber caro leitor.
Sempre ouvi falar que a cidade de Santos era a cidade do “Não”. Existe uma lenda na cidade que uma “turma do Não” não deixa a mesma avançar, que proíbe tudo o que é inovador, que luta contra tudo que possa levar Santos ao mundo, que possa trazer desenvolvimento ou até mesmo que possa trazer uma economia mais arrojada e um projeto social mais participativo. Existe ou não existe essa turma? Ou é um ardil para os jogos de poder?
Santos é um exemplo de cidade, como muitas no Brasil, que perdeu o bonde, ou melhor, o TGV. Tinha tudo para ser uma potência internacional, mas na verdade caiu nos projetos de poder onde conchavos entre esquerda e direita ditam o rumo do nada. Santos poderia ser aquela pequena cidade internacional com PIB de capital mundial. Santos poderia ser “hub” de cultura, de negócios, de história e do esporte. Por sinal, o Museu Pelé vai bem?
Navio Nazista no Porto de Santos - Photo by John Phillips//Time Life Pictures/Getty Images
Navio Nazista no Porto de Santos – Photo by John Phillips//Time Life Pictures/Getty Images
Já viajei o mundo inteiro, inclusive diversas cidades irmãs de Santos, mas pude perceber o quanto a cidade, que teoricamente é a “porta de entrada do Brasil para o Mundo”, ainda não encontrou o seu destino. A cidade já é internacional por natureza, por quê não aproveitar isso? Ou melhor, potencializar isso?
Entre químicas do petróleo, até que Santos se deu bem, vejo pela quantidade de farmácias que são abertas diariamente na cidade. Ou a cidade está doente, ou… Por que mais uma farmácia na Praça Independência? A praça não poderia se transformar em uma Zona T como em Bogotá?
Infelizmente o Pré-Sal foi mais uma daquelas piadas de mau gosto que todos os brasileiros.
Santos a cidade que era para ser do Pré-Sal, hoje é das Farmácias…
Cheguei e Agora?
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